MODELO DE CURRICULUM VITAE PARA PRIMEIRO EMPREGO

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O primeiro emprego: quantos sonhos, expectativas e ansiedade envolvem o momento da busca do primeiro emprego…
E nesse momento, surgem muitas dúvidas, principalmente na hora de elaborar o currículo. O que colocar naquela folha de papel que pode nos abrir as portas do mercado de trabalho?
Em primeiro lugar, vamos lembrar qual é o objetivo do currículo: mostrar ao recrutador suas principais características, permitindo que ele identifique  se você é um candidato adequado para participar daquele processo seletivo.  Nesse momento, em geral, o recrutador estará procurando características que o aproximem do perfil traçado para a vaga.
Imagine que você está precisando comprar um produto básico, bem simples, como um lápis preto, por exemplo.  Que características você procuraria nele?
Não dá para inventar muito, não é mesmo? Entre várias alternativas, você começa a procurar algum benefício adicional, alguma vantagem de um tipo em relação ao outro, que justifique a sua escolha. Pelo mesmo preço, qual você escolheria: um lápis comum ou um daqueles que tem uma pequena borracha em uma das pontas?
O que o recrutador vai buscar em você é exatamente isso: um diferencial que apresente alguma vantagem naquela montanha de currículos de quem, assim como você, busca a primeira oportunidade.  Ele quer descobrir entre todos aqueles lápis, se algum tem a “borrachinha” na ponta…
É nessa hora que você tem que caprichar e mostrar o seu melhor, pois experiência, você e os outros candidatos não tem. Então, o que colocar no currículo?
Os dados básicos estão no modelo de currículo que estão no nosso post “Currículo, o início de tudo”, que você pode ler aqui no blog. Existe também um modelo de currículo onde você tem uma boa indicação de como fazer o cabeçalho.
A partir daí, sugerímos as seguintes informações:
– Objetivo: você está procurando o quê? O primeiro emprego ou um estágio?
A seguinte frase é muito comum: “para mim tanto faz, pode ser qualquer um dos dois, eu quero é trabalhar…” . Mas para o empregador, isso faz uma diferença enorme. Os custos de manter um empregado com carteira assinada e um estagiário são completamente diferentes – o empregado é muito mais caro que o estagiário, mesmo ganhando menos. Por isso, é importante ter claro o que você quer, e se você aceita as duas alternativas, tenha dois currículos. Em um deles você coloca Objetivo Profissional: Primeiro Emprego. No outro, Objetivo Profissional: Estágio na área xxx.
Atenção para um detalhe: muita gente acha que tentando uma vaga na área de telemarketing, que sabidamente é a área que mais oferece oportunidades de primeiro emprego, você deve colocar no objetivo Telemarketing. Minha opinião é contrária a isso, pois já existe muita gente com anos de experiência em telemarketing e aí você passa a disputar com eles. Seu objetivo é o primeiro emprego? Escreva isso!
Pulamos o campo da experiência profissional, pois essa você não tem, não é mesmo? O próximo passo será sua formação acadêmica.
– Formação acadêmica: o que eu estudei até hoje que pode me ajudar a ser escolhido para uma portunidade de emprego?
Aqui você deve colocar do mais importante para o menos importante, começando pelo curso superior ou técnico, se estiver cursando, depois o ensino médio (antigo segundo grau), ensino fundamental (antigo primeiro grau).  Comece pelo nome do curso, a escola onde foi concluído e o ano início e de conclusão. Se ainda estiver cursando, o ano de início e a palavra cursando e o ano e período.Exemplo: Técnico em Química – ETFQ/RJ – Início: 2009 – cursando 2º ano.
Depois entram os cursos extra-curriculares: informática (diga exatamente o que cursou (Word, Excel, etc), inglês e tudo mais que o diferencie dos demais. Não interessa que não tenha relação com a área de trabalho. Eles darão uma idéia de quem é você. Um curso de pintura ou de música, por exemplo, podem demonstrar que você tem criatividade e disciplina, duas características muito valorizadas pelas empresas.
Por fim, temos as informações complementares.
– Informações complementares: ajudando a conhecer melhor você.
Aqui entram todas as informações que possam auxiliar no entendimento de quem é você como candidato e como pessoa. Viagens, atividades na escola, na sua comunidade ou temporárias, serviços comunitários, prêmios, enfim, tudo aquilo que pode ajudar a descobrir a “borrachinha do lápis”. Vamos a alguns exemplos?
– Auxiliei na organização na festa junina do condomínio em que resido.
– Colaborei na arrecadação de donativos para as vítimas das enchentes em Santa Catarina;
– Atuei como guia turístico nas férias de fim de ano;
– Viagem de 30 dias durante as Olimpíadas Estudantis, percorrendo 5 estados e conhecendo 4 capitais: São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, além de visitas a Usina de Itaipú e as Cataratas do Iguaçu.
– 2º lugar nas eliminatórias para do concurso Soletrando, realizadas na escola onde estudo.
Você pode estar se perguntando: o que importam coisas como essas, se o que eu quero é um emprego?
Elas ajudam a traçar o seu perfil!  Entre um candidato que ajuda em campanhas comunitárias ou que já viajou e outro que só ficou em casa jogando videogame, qual você chamaria para a entrevista? Aí está a sua resposta.
E se você não tem nada além do seu curso para colocar no currículo? Aí não tem mágica. Está na hora de começar a fazer algo mais, para ter o que contar e para conhecer pessoas. Isso faz toda diferença.
Esperamos ter ajudado.

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